Esse é um daqueles vídeos e notícias que parecem o futuro espiado no tempo presente.

A Inteligência Artificial é um dos mais instigantes e revolucionários campos do conhecimento, com efetivo potencial para colocar de cabeça pra baixo muitas indústrias, e tornar obsoletos diversas profissões.

Um algoritmo de Inteligência Artificial aprendeu a costurar feridas assistindo a vídeos de operações cirúrgicas.

Pesquisadores da Universidade de Berkeley, Intel e Google Brain ensinaram o modelo de IA como operar simulando vídeos de oito cirurgiões trabalhando. Um algoritmo chamado Motion2Vec foi treinado em quadros em que os médicos manuseiam robôs cirúrgicos para suturar ou dar um nó. Sim, médicos já regularmente controla robos para operações a distância, com o uso de uma espécie de joystick sofisticado que capta nuances do movimento e o robo (potencialmente do outro lado do planeta) reproduz operando o paciente.

Mas, na simulação da Motion2Vec, não tem médico! 🤯

O robô assistiu os vídeos, processou o histórico de de movimentos e aprendeu. PONTO FINAL. E daí ele passou a ser capaz de fazer por conta própria, sozinho, sem um médico manuseando. (Isso me lembra os astronautas colocados no foguete para dar bananas pro macacos).

O algoritmo já demonstrou suas habilidades em costurar pedaços de tecido. Nos testes, o sistema reproduziu os movimentos dos cirurgiões com uma precisão de 85,5%. Não foi fácil alcançar esse nível de precisão: oito cirurgiões nos materiais de vídeo usaram uma variedade de técnicas; portanto, a IA teve que escolher a melhor opção.

Para resolver esse problema, a equipe usou algoritmos semi-autônomos que estudam o problema analisando conjuntos de dados parcialmente rotulados. Isso permitiu à IA entender os movimentos básicos dos cirurgiões a partir de uma pequena quantidade de dados. No entanto, os pesquisadores reconhecem que o sistema precisa ser refinado antes de realizar operações por conta própria.

Agora, os cientistas planejam realizar testes com vários tipos de tecidos para que o sistema possa se adaptar a várias situações – por exemplo, a sangramentos inesperados. O próximo passo no desenvolvimento do sistema será a cirurgia remota semi-automática. Nesta fase, o robô ajudará o médico.

Os cientistas querem criar mais IA usando o mesmo modelo. A rede possui muitas informações não estruturadas na forma de vídeo, imagens e texto. Os robôs podem extrair conteúdo útil para compreender esses dados e nos ajudar a resolver problemas do dia a dia.

O vídeo é surreal. Confira: