Em quase todas as áreas profissionais, existem atividades mecânicas que podem facilmente serem substituídas por robôs ou inteligência artificial. Afinal, ter um robô como aliado permite focar no que realmente importa. No Direito, o acompanhamento da atualização de processos pode ser feito por esses ajudantes, por exemplo.

E, apesar de também lidar com um importante ativo – o dinheiro -, os departamentos financeiros podem ter sua inteligência ainda mais aproveitada quando recebem ajuda da tecnologia. A iugu, plataforma online de automação financeira, que o diga – a fintech auxilia automatizando os serviços de cobrança recorrente, permitindo que a equipe financeira economize o próprio tempo.

“O administrador de um condomínio tem que enviar uma fatura todo mês, e se ele não tiver um software de gestão, terá que emitir o boleto de cada apartamento. A iugu faz todo o processo de emitir e enviar a fatura pro cliente, que pode pagar no cartão ou boleto, e ainda cobrá-lo se necessário”, explica Patrick Negri, CEO da iugu.

A fintech foi criada em janeiro de 2012, inicialmente como um aplicativo de atendimento. No ano seguinte, a iugu pivotou seu modelo de negócios ao perceber que havia um problema muito maior que não estava sendo resolvido: a cobrança. “Perguntamos para alguns empreendedores como eles estavam fazendo a cobrança recorrente, e isso virava o assunto principal da conversa por mais tempo do que o software de atendimento em si”, afirma Negri.

A solução foi evoluindo e hoje a startup está com quase 3 mil clientes e planeja movimentar R$ 3 bilhões neste ano. Agora, a iugu foca principalmente em soluções de cobrança e marketplace. No segmento de cobrança, a iugu faz todo o contato não-personalizado com os clientes (como a emissão de fatura etc). Ao enviar e-mails automáticos alertando os consumidores sobre faturas e assinaturas, a fintech atua na redução da inadimplência e atrasos em pagamentos. Além disso, a fintech oferece outras formas de pagamento além do boleto, como cartões de crédito e débito, facilitando a vida dos consumidores.

Já no marketplace, a fintech realiza a gestão transparente de usuários, comissionamento automático, transferência entre contas e split de pagamentos. Em seu modelo de negócios, a iugu realiza planos de assinatura e recebe um valor determinado por cada transação realizada.

“O interessante é que conseguimos gerar economia para as grandes e pequenas empresas. Se o pequeno tem uma estrutura de 5 funcionários, 60% do tempo será liberado para focar em outras coisas. É como se tivéssemos um braço de automatização financeira”, comentou o fundador da startup. Entre os clientes da startup hoje, existem desde empresas estabelecidas como Movile e Grubster como startups, com a GetNinjas, JurídicoCerto, Dog Hero, Contabilizei, entre outras.

Futuro: instituição financeira?

A iugu já recebeu, no total, R$ 14 milhões em investimentos. O primeiro investimento-anjo foi ainda em 2012, no primeiro ano de vida da startup. Um de seus investidores-anjo é Fábio Póvoa, conhecido como um dos maiores investidores do Brasil .

“O maior valor que entregamos para o empreendedor, é, na verdade, business intelligence. Uma startup com 5, 6 funcionários, não há ninguém dessa área informando quantos porcentual a empresa está perdendo no mês, e como se melhorasse tal coisa, poderia duplicar a receita dele. Nós entregamos ferramentas para que esse empreendedor cria muito mais rápido”, comentou Patrick Negri.

Atualmente, a startup está focada no lançamento de novas funcionalidades e em receber a licença para se tornar instituição financeira pelo Bacen, pedida no final do ano passado. A expectativa é que a licença saia ainda este ano, no segundo semestre. “Estamos em um processo de sair de uma pequena empresa e nos tornar uma empresa robusta”, finaliza o CEO da iugu.

Fonte: StartSe